8ª edição do maior evento de HQs do sul do Brasil acontece entre 4 e 7 de setembro
Em 2025, a Bienal de Quadrinhos de Curitiba expande sua programação para outros espaços públicos da cidade, a exemplo do Museu Oscar Niemeyer, símbolo cultural e turístico do Paraná. Depois de dez anos e quatro edições (2014, 2016, 2018, 2023) no MuMA – Museu Municipal de Arte, no Portão Cultural, o maior evento de quadrinhos do sul do Brasil leva sua essência de diversidade, pluralidade, debates ao maior museu de arte da América Latina, confirmando sua trajetória de expansão e relevância no cenário cultural brasileiro. O tema da edição 2025 é “Futuros Possíveis”, o que envolve subtemas urgentes em nossos dias, como a emergência climática, a diversidade de gênero, os fluxos migratórios, a inteligência artificial e a democracia.
Seus conhecidos e aguardados eventos, como palestras, debates, lançamento de livros e a feira Muvuca acontecem na área externa do espaço de 35 mil metros quadrados, com lounge, dois palcos, além da utilização do auditório, e do instagramável vão livre. O gramado anexo ao MON, o chamado “parcão” servirá para que o público, estimado em 30 mil pessoas, durante os 4 dias de evento, possa relaxar e descansar entre uma atividade e outra durante os quatro dias de Bienal. Além disso, a Bienal coincide com o evento “OSP no Museu Niemeyer”, em que a Orquestra Sinfônica do Paraná faz apresentações especiais no vão livre do MON. O concerto será no sábado, 6 de setembro. As exposições de artistas nacionais e internacionais, por sua vez, seguem no MuMA. As oficinas e a residência artística acontecem na Gibiteca de Curitiba.
“A ocupação do MON reflete o interesse do evento em expandir sua atuação para outros espaços públicos de Curitiba e também para outras cidades do Paraná”, destaca Gilmar Kaminski, um dos coordenadores da Bienal de Quadrinhos. Esta edição é marcada pela descentralização das ações, com atividades em escolas da rede pública de ensino e também com a Bienal Circula, que promoverá uma programação com artistas convidados nas cidades de Paranaguá, Pato Branco e Foz do Iguaçu, entre os meses de setembro e outubro.
Greice Barros, outra das coordenadoras da Bienal, relembra que a possível nova regulamentação da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) não sairá a tempo para que a Bienal aconteça no MuMA. “Estamos confiantes de que essa mudança será um salto facilitador a todos os eventos dessas linguagens, não só para a Bienal”, afirma, referindo-se ao decreto Decreto Municipal nº 700/2023, que regula os procedimentos administrativos de ocupação nos espaços públicos municipais.
Novas Parcerias
A Bienal de Quadrinhos de Curitiba segue sua essência inovadora na movimentação da cena de quadrinhos e das artes na cidade. Houve alterações significativas ao longo das edições conforme o evento foi crescendo em tamanho e público. “Neste ano, agregamos importantes apoios que viabilizaram a sua realização, como a Secretaria do Estado da Cultura, o Museu Oscar Niemeyer, e o Instituto Francês, através da Temporada Cruzada Brasil-França 2025”, diz Luciana Falcon, também coordenadora da Bienal.
Com mais de 50 convidados nacionais e internacionais, palestras, debates, oficinas, lançamentos, feira de livros e exposições abordarão tema da edição (“Futuros Possíveis”), sempre com a nona arte e suas vertentes como fio condutor. A artista homenageada desta edição é Cida Godoy, roteirista de “Drácula” e pioneira entre as mulheres quadrinistas. Abrilhantando na escalação deste ano o quadrinista italiano Ivo Milazzo, co-criador de Ken Parker, um dos personagens mais famosos dos quadrinhos de westerns.
Uma das novidades da Bienal deste ano é a parceria com o Instituto Francês, organização pública criada para promover a cultura francesa. Integrando a programação da Temporada Cruzada Brasil-França, a Bienal realizará o projeto HQ Encontra a BD, uma residência artística inédita, na Gibiteca de Curitiba, com a presença do autor Matthias Lehmann (sobrinho do escritor Roberto Drummond), que criou um verdadeiro painel do autoritarismo no século XX no Brasil com sua HQ ficcional “Chumbo”, lançada pela editora Nemo.
O quadrinista cubano Alexander Izquierdo, autor de obras como “Rosa de La Habana” e “Eugenia” também integra a lista de convidados internacionais e será publicado no Brasil pela primeira vez pela editora Trem Fantasma, desdobramento do Programa Brasil em Quadrinhos, promovido pela Bienal em parceria com o Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty. A curadoria segue 100% feminina: Dandara Palankof, tradutora e quadrinista; Maria Clara Carneiro, pesquisadora de quadrinhos; e Mitie Taketani, amante da nona arte e proprietária da Itiban, espaço referência em quadrinhos no Brasil.
SERVIÇO
8ª Bienal de Quadrinhos de Curitiba
De 4 a 7 de setembro de 2025
Das 11 às 20h
Gratuito
MON – Museu Oscar Niemeyer– Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico
(Feira MUVUCA + Conversas)
MuMA - Portão Cultural- Av. República Argentina, 3430 – Portão
(Exposições)
Gibiteca de Curitiba- R. Pres. Carlos Cavalcanti, 533 – Centro
(Residência Artística + Exposição)
Estúdio Riachuelo- R. Riachuelo, 407 – Centro
(Oficinas)
Cine Passeio- R. Riachuelo, 410 – Centro
(Oficinas)